sábado, 1 de maio de 2010

O Homem Que Calculava - Malba Tahan


As proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir - o Homem que Calculava - tornaram-se lendárias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeques e sábios. Neste livro, Malba Taham relata as incríveis aventuras deste homem singular e suas soluções fantásticas para problemas aparentemente insolúveis.


O Homem que Calculava - um clássico brasileiro, já traduzido para o inglês e espanhol - mantém o valor pedagógico comum a toda a obra de Malba Tahan, que, sem perder o clima de aventura e romance da terra das mil e uma noites, ensina matemática por meio da ficção.
A ideia de um livro matemático pode criar desgosto é até um certo tipo de aversão. Porém o gênero, nada habitual, de um livro, que mesmo não sendo didático em sua significado formal, passa ensinamentos muito diretos e úteis para a escola, pode ser a solução para desinteressados pelo estudo. Se mais livros como esse fossem publicados e passados nas escolas, certamente as aulas seriam mais produtivas, afinal os livros despertam um interesse maior nas pessoas quando contam grandes histórias e não são hospedes apenas regras e mais regras.

Mas não se pode mentir que qualquer um aproveitará muito bem O Homem que Calculava, é claro que a preferência pelo livro vem de adoradores da arte dos números. O modo como Beremiz Samir, o personagem principal da obra, resolve problemas que parecem impossíveis, com tanta facilidade é tão fascinante que fica difícil largar o livro sem a resolução final de cada capítulo. Mas, infelizmente, a dificuldade para alguns é a de não largar o livro e essa é uma vontade que deve ser compreendida e respeitada, afinal, não tem algo que desestimula mais a leitura do que a obrigação dela.


A história é contada por Hank Tade-Maiá, que indo a Bagdá, conhece o matemático persa e começa a contar suas proezas matemáticas ao longo do caminho a cidade. É bem interessante livros em primeira pessoa, mas quando essa não é a principal, isso põe um ponto de vista no livro e ainda faz com que os acontecimentos sejam narrados de uma forma mais completa e sincera. No final do livro Beremiz passa por sete testes que reafirmam seus dotes lógicos e matemáticos, não que ao longo do livro já não tivesse suficientes situações que provam suas habilidades.

Ao terminar de ler, muitas pessoas procuram por um pouco da vida do árabe de nome Malba Tahan e só o que encontram é um carioca chamado de Júlio César de Melo e Souza. O heterônimo de Malba Tahan é tão bem desenvolvido que muitos chegam a pensar que se trata de uma pessoa de verdade. O personagem teria nascido em uma aldeia próxima a Meca e ganhado  nome de Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan. Júlio César chegou até a inventar um professor que supostamente traduzira as histórias de Malba Tahan do árabe para o português.

O livro tem uma leitura fácil e problemas matemáticos muito bem explicados, fazendo dele uma grande fonte de diversão e aprendizado. Nota 8, de 10.

2 comentários:

Matheus L. Mendes disse...

Irei ler...
Crítica legal, simples e esclarecedora \õ

2 de maio de 2010 às 18:20
Anônimo disse...

Nunca tive vontade de ler esse livro, mas gostei da crítica :}
Coloquei o link do blog lá nos parceiros :D
:*

9 de maio de 2010 às 09:57

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